Tah, e daí?

Saímos do Mundial de Abu Dhabi com uma derrota inexplicável contra o Mazembe, da República do Congo. Digo inexplicável porque tivemos maior posse de bola, maior quantidade de chutes a gol, maior presença no campo do adversário, maior volume de jogo, enfim. Mas perdemos. Com duas falhas de marcação, dois gols. Do outro lado, dois chutes a queima-roupa e duas defesas incríveis do goleiro adversário.
Nosso time começou bem, dominando o meio de campo, defesa tranquila e um ataque que tentava de todas as formas, furar a defesa adversária. Aos poucos, fomos perdendo aquele ímpeto inicial e o Mazembe, que até então não sabia o que era atacar, começou a gostar do jogo e a tentar alguma coisa. Notem que o Renan foi fazer um defesa difícil, quase no final do primeiro tempo, em um chute de longe.
No segundo tempo, o nosso técnico não conseguiu ver a partida como ela se desenrolava naquele momento, e até o primeiro gol do Mazembe, nada fez para guarnecer a frente da zaga, porque o time africano iria tentar a jogada rápida e a infiltração pelos lados do campo. Tudo em alta velocidade. O primeiro gol foi ao natural. Os nossos dois homens do meio da zaga Bolívar e Índio ficaram olhando o jogador do Mazembe receber a bola, matá-la e escolher o canto oposto do Renan. A casa caiu.

O nosso time foi para frente, lutou, brigou, chutou a gol muitas vezes, mas a sorte não nos favoreceu e nem o goleiro deles permitiu o primeiro gol, que nos daria a prorrogação e, quem sabe, a virada. Aliás, para mim, o goleiro deles foi a maior figura em campo. E o nosso técnico resolveu mexer e o fez de modo errado. Não era dia de D’Alessandro e nem de Alecsandro. Os dois deveriam ter sido tirados e, em seus lugares, entrariam Giuliano e Leandro Damião. O Sobis estava jogando bem, embora atirado na ponta esquerda; não deveria ter saído. Tinga era uma preocupação para o Mazembe, porque se desloca para todos os lados e abre espaço para os homens de frente.

Mas enfim, o Bi-Mundial não saiu desta vez. Mas, ao contrário de outros que ainda deverão disputar uma “pré-Libertadores” contra um time uruguaio, nós estaremos disputando mais uma vez, a Libertadores, sem “prés” e sem depender de Independientes-da-vida. Aliás, o tricolor tem um novo apelido : “Dependiente”.

Ano que vem, se fizermos o que fizemos na Libertadores de 2010, estaremos de volta a Abu Dhabi ( ou África do Sul, como estão falando), com um time reforçado e com toda a disposição para ganhar o Mundial, mais uma vez. O importante é chegar lá.

Daí a razão do título deste comentário : Tá, e daí?! E daí que perdemos e vamos disputar um 3° lugar ? Estamos inteiros, unidos em torno de uma ideia : Bi-Mundial em 2011. E assim vai ser daqui para a frente, para inveja daqueles que, por estarem em férias antecipadas, lançam rojões porque o Inter perdeu um jogo e saiu da decisão do Mundial. Eles vibram com os outros, porque com eles...

Mas é assim mesmo, minha gente tricolor : Em um campeonato deste tipo, tais acidentes podem acontecer. Já aquelas partidinhas únicas, contra times de borrachos, que nem o número mínimo de reservas tinham, e que valiam um carro e uma medalhinha, porque a FIFA não reconhecia aquele tira-teima, isto deve ser motivo de reflexão para vocês, e não um DVD.

E convenhamos, o Mazembe é melhor do que vocês, que há anos não conseguem nada contra nós.

Portanto, e daí ?! Voltamos o ano que vem e, se não der de novo, tentaremos mais uma vez e assim sucessivamente, até que o Bi-Mundial venha para fazer companhia àquela Taça que está no nosso armário e que vocês tanto desejam. Sequem, sequem à vontade, porque é só isto que vocês sabem fazer, seus frequentadores de 2ª divisão.

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