Onde está o amor a camisa?


Marques Batista de Abreu. Ídolo incontestável da torcida atleticana, Marques viveu suas melhores fases enquanto esteve no clube mineiro, o que acabou lhe rendendo oportunidades na Seleção Brasileira. Jogador veloz e habilidoso, além de marcar muitos gols, sabia servir como ninguém os companheiros de ataque.

Rogério Mücke Ceni. Seu profissionalismo e dedicação ao clube e o carisma que tem junto a torcida são destaques que marcam a carreira do jogador, e determinantes para ter recebido o slogan: "Todos têm goleiros, só nós temos Rogério Ceni". No dia 7 de setembro de 2010, Rogério Ceni completou 20 anos vestindo a camisa do São Paulo, sendo três deles pelas categorias de base.

Marcos Roberto Silveira Reis. Desde 1992, joga pelo Palmeiras, onde é considerado um dos maiores ídolos da história do clube. Também chamado de "São Marcos", vestiu apenas a camisa alviverde em toda a sua carreira profissional, sendo decisivo na conquista de inúmeros títulos, especialmente da Copa Libertadores da América de 1999.

Qual a semelhança entre os três? Amor ao time que jogaram. Choraram, gritaram, apoiaram e ficaram no time que se identificam! Não tem medo de dizer que ama o time, não pensa duas vezes, e mesmo que se pensasse, diriam que são torcedores, além de profissionais.

E porque falo dos três? Porque, infelizmente, é um dos poucos casos de amor a camisa recente. Também temos do outro lago da Lagoa, Sorín, ídolo da torcida simpatizante do ex-Yale (ex-Palestra, ex-Ypiranga, etc...). Exemplos como desses jogadores não existem mais no futebol. São poucos, se não quase nulos os jogadores que dizem que torcem pra tal clube, e que amam o mesmo. São poucos que honram a camisa, e não o dinheiro, o luxo, as baladas e mulheres.

Onde está esse amor? Onde está essa vontade? Onde está o sentimento de adoração ao vestir a camisa do clube, e sentir seu nome sendo ecoado por torcedores que são como os jogadores antes do profissionalismo? Torcedores, que nem o jogador já foi. Não, não existe mais nada disso. Existe amor ao dinheiro, ao sucesso. Bom era o tempo no qual jogou Mário de Castro, onde o jogador não recebia dinheiro, salários, patrocínios... Jogava porque amava o clube, e gostava de representá-lo. Gostava de fazer o resultado do time que tanto ama. Gostava de ser o responsável da felicidade de torcedores, assim como ele.

O amor a camisa deve renascer. Precisa renascer. Todo clube é maior que qualquer jogador. A instituição nunca será menor que qualquer craque. Craques passam, marcam história e surgem outros. O time é único, é aquele ali e pronto. É uma história muito maior, e com mais torcedores. E torcedor que é torcedor, ama seu time e não o jogador. Eles, os jogadores, são incapazes de mudar os nossos sentimentos diante a instituição.

Fonte: Blog das torcidas

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