Gremistas protestam contra organizadas

Texto retirado do Blog do Wianey Carlet


Pegou muito mal a baderna protagonizada por duas torcidas organizadas do Grêmio, sábado, no Estádio Olímpico. O blog vem recebendo manifestações de profundo desagrado pelo ocorrido. São gremistas que não concordam com a situação, como estes dois, cujos e-mails são reproduzidos, a seguir:

“Caro Wianey, sabado levei meu filho de 4 anos pela primeira vez ao Olimpico. Meu pequeno ama o azul e o Gremio sem eu ter feito muita força para que isso acontecesse. Para a minha surpresa, o preço do ingresso para as cadeiras era de 50 reais. Como eu já estava lá, resolvi pagar esse absurdo para ver um jogo de Gauchão. Mas, a minha maior surpresa foi quando me informaram que meu filho de 4 anos deveria pagar os mesmos 50 reais. Para não ter de ir embora, resolvi ir de arquibancada, onde ele só pagaria 5 reais.

Dai em diante, só decepção.

Encaminharam-me para o portão 16, por causa de meu filho. Criança com menos de 12 anos só entra lá.

Quando entramos, fiquei surpreso por estarmos no meio de duas torcidas organizadas. Parece que eu estava adivinhando. No intervalo do jogo, começou uma briga entre as duas, a Brigada Militar dando paulada pra tudo que era lado (ainda bem que eles estavam lá) e eu, assim como as outras pessoas de família, correndo com meu filho no colo sem saber o que iria acontecer.

Decepção total com o meu Grêmio, com a diretoria e com a estupidez humana. Vândalos vestidos de torcedores. Parabéns a Brigada Militar.

O resumo dessa historia é o seguinte: enquanto eu conseguir manter meu filho fora disso tudo, eu vou. Infelizmente. Jogo no campo….talvez na Arena.”

Abraços
Alexandre Silva.

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Boa tarde, Wianey. Tenho 31 anos, lembro na minha juventude que as grandes torcidas organizadas do Grêmio eram a Raça e a Jovem. Lembro que há poucos anos atrás todas as torcidas foram extintas, após incidentes graves que são de histórico conhecimento público. Passaram os anos e a Geral surgiu como a grande torcida do Grêmio e como uma das mais conhecidas no Brasil. Agora, acredito que de uns dois anos pra cá, renasceram as antigas torcidas do Grêmio e pelo menos mais uma nova. Todas com meia dúzia de aloprados bêbados que passam o jogo pulando e fumando maconha. (Estou exagerando?)

Pergunto: para que torcida organizada?

Para proporcionarem novos episódios de brigas como no último sábado contra o Lajeadense, primeiro jogo do ano em casa?

Vou arquivar esse e-mail e juntar a outros mais antigos.
Estou cansado dessa palhaçada de torcidas organizadas que colocam em perigo os torcedores de boa fé e volta e meia fazem o clube perder mandos de campo. Ou o episódio dos banheiros químicos queimados no Beira-Rio já foi esquecido?

É lamentável que a direção (atual e anterior) continue agindo como se nada estivesse acontecendo, esperando esses marginais prejudicarem o clube e os outros torcedores, se é que não vão acabar matando algum inocente!

Att;
Luciano Rocha Pereira
Sócio do Grêmio

Os dois torcenautas estão cheios de razão.

Entretanto, não se percebe no presidente Paulo Odone o perfil de um dirigente disposto a reprimir ações de maus torcedores. Lembram dos “meninos da Geral”, assim tratados por Odone em uma época em que se instalou nesta torcida um verdadeiro foco de banditismo? A Geral, hoje, é uma torcida alegre, criativa e civilizada. Tomara que não voltem antigos hábitos, sempre uma triste possibilidade quando se instala a permissividade.

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