
Veja na matéria a seguir...
A decisão da CBF de reconhecer os campeonatos anteriores a 1971 muda o histórico do Inter no futebol nacional. Os gaúchos deixam de ser os únicos vencedores do Brasileirão de forma invicta. Recebem a companhia de Palmeiras, Santos e Cruzeiro. O time vermelho perde, também, a condição de maior participante da competição.
Com o ‘rearranjo’ oficializado nesta semana, a conquista do Internacional, de 1979 não é mais fato isolado. Palmeiras em 1960, Santos nos anos de 1963, 64 e 65, assim como o Cruzeiro, campeão em 1966, se juntam ao seleto grupo dos campeões que não foram derrotados. O levantamento é da Revista ESPN.
Em 79, sob o comando de Ênio Andrade, o Internacional jogou 23 vezes no Campeonato Brasileiro. Venceu 16 e empatou sete. Bateu o Vasco, na grande final, por 2 a 0 no Rio de Janeiro e 2 a 1 no estádio Beira-Rio. A edição daquele ano bateu recorde de clubes participantes: 94. Mas não contava com Corinthians, Santos e São Paulo.
Em 1960, o Palmeiras venceu o Fortaleza, na grande decisão da Taça Brasil, e completou uma rápida campanha sem tropeços. Mesmo caminho seguido pelo Santos no triênio 63, 64 e 65. Interrompido pelo Cruzeiro, no ano seguinte. Os três times não somaram nem sequer dez partidas disputadas, mas com a fórmula da época se sagraram campeões.
O novo histórico do futebol brasileiro também afeta o número de participações do Inter. Antes presente em todas as disputas, sem jamais ter sido rebaixado, o clube se vê ultrapassado pelo Santos e pelo rival Grêmio. A dupla contabiliza 51 participações. Seis a mais que o Internacional.
Isso é uma VERGONHA ... Não sou contra os campeonatos antigos, até sou a favor, mas cada um na sua, a Taça Brasil deveria ser considerada como Taça Brasil (Torneio mais importante nacionalmente naquele ano), mas não considerado como Campeonato Brasileiro.
O verdadeiro Campeonato Brasileiro começou em 1971 com o Atlético MG saindo campeão, e a Taça Brasil foi outro campeonato muito diferente de um Campeonato Brasileiro. Depois de "viradas de mesa" o campeonato ganha simplesmente mais 14 campeões... Isso não existe, melhor a CBF não existe... Eu não me conformo com isso e simplesmente continuarei chamando a Taça Brasil de Taça Brasil e não de Campeonato brasileiro...
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) está próxima de anunciar uma grande mudança no futebol brasileiro. Em uma só canetada, a entidade deve distribuir 14 títulos brasileiros. A questão é antiga e diz respeito às competições nacionais que eram disputadas antes da instituição do Campeonato Brasileiro, em 1971.
A equiparação dos títulos da Taça Brasil, da Taça de Prata e do Robertão foi anunciada na última segunda-feira pela TV Globo. Procurada pela reportagem do UOL Esporte, a CBF nega que tenha já chegado a uma conclusão definitiva sobre o assunto. A entidade recebeu um dossiê sobre o tema e promete se posicionar ainda neste ano.
Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF, descarta que uma festa exclusiva para a distribuição dos títulos, mas admite que o presidente Ricardo Teixeira está inclinado a reconhecer as taças pré-71. A decisão, no entanto, deve criar algumas curiosidades e até incoerências. Confira abaixo uma lista com cinco desses casos:
Dois títulos na mesma temporada

Com a conquista do Torneio Roberto Gomes Pedrosa e da Taça Brasil, o Palmeiras conseguiu dois títulos brasileiros em 1967. Essa temporada vitoriosa ajudará de forma decisiva para que o time alviverde comemore o recorde de maior campeão brasileiro da história, após a unificação, junto com o Santos. Cada equipe conta com oito título, cada um.
No ano seguinte, Botafogo e Santos brilharam como campeões nacionais. A rivalidade gerou uma temporada equilibrada. O time da Vila Belmiro garantiu o "Robertão" e os alvinegros ficaram com a Taça Brasil.
SANTOS E PALMEIRAS: RECORDE DE TAÇAS
Recordes na berlinda

A unificação pode mudar muita coisa quando o assunto é estatística. Os números do Brasileiro podem sofrer uma transformação drástica, com alguns nomes históricos perdendo espaço e outros ganhando importância na lista de recordistas das competição. Trabalho árduo para os pesquisadores do futebol brasileiro.
Com 190 gols na carreira no Brasileiro, Roberto Dinamite deve manter o status de maior artilheiro da competição. No entanto, o atual presidente do Vasco poderá ganhar a companhia de Pelé nesta lista. A expectativa é que o Rei passe a figurar pelo menos no top 10.
Pelé iguala Fla e São Paulo

Estrela do Santos nas conquistas da Taça Brasil entre 1961 e 1965 e do "Robertão" de 1968, Pelé poderá agora ser comparado ao Flamengo e São Paulo. O "Rei" coleciona seis títulos, ou seja, o mesmo número da dupla acima. Ainda pode superar os recordistas Andrade e Zinho (5 taças).
Com as conquistas de 2002 e 2004, o Santos supera São Paulo e Flamengo e fica empatado com Palmeiras no duelo entre os maiores campeões brasileiros da história. Em 1961 e 1963, Pelé foi artilheiro da Taça Brasil, com 9 e 12 gols, respectivamente.
Bahia, o primeiro

O Bahia poderá vibrar com uma mudança importante. Com a unificação, a clube de Salvador terá a honra de ser o primeiro campeão brasileiro da história. O Atlético-MG, que venceu a edição do Campeonato Brasileiro de 1971, perderia este posto que até então ocupava com orgulho.
O Bahia garantiu a Taça Brasil, em 1959. O título dos baianos foi conquistado em cima do Santos de Pelé. Com a possível confirmação da CBF, o clube supera o Atlético-MG em número de títulos, pois também venceu o Brasileiro de 1988.
E a taça das Bolinhas?

O famoso troféu sempre foi alvo de polêmica. Em abril deste ano, A CBF organizou uma assembleia com os representantes das federações estaduais e reconheceu o São Paulo como primeiro pentacampeão brasileiro. Mas a unificação pode tumultuar esse cenário.
O primeiro penta passaria a ser o Santos, que colecionou títulos da Taça Brasil na década de 1960, quando a polêmica taça também reivindicada pelo Flamengo nem existia. Será que a entidade que comanda o futebol irá reabrir a discussão do tema ou vai deixar tudo como está?
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